dazed lex - 247365/6
refrão:
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
verso 1 (ego):
desde que entrei nessa merda
que eu deixei uma grande pegada
todos os dias passo horas trancado no quarto
tipo isso é a caverna do pé grande
eu não faço isso pa’ te agradar
podes ir po caralho, eu carrego amor próprio
nunca me vais magoar
boys falam tanto mas não são melhores que tu…
vai, elogia_me, enaltece_me, uhh
alimenta o ego!
toda a vez que contrariares
não te encaro, só te enterro!
não tenho carro, não tenho teto…
estou exposto a todo o mal…
se criticarem não me inteiro…
devem só ter um gosto mau… (wow)
refrão:
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
verso 2 (insegurança):
toda a vez que me mencionam
penso que ‘tão a falar merda…
não é normal essa forma que o trauma entrou
e agora ‘tá a agoirar a meta…
mas eu… eu? eu não tenho nada a temer!
f_ck them… quanto vêm p’rà batalha?
e quantos deles são meus fãs?
porque o lex nunca falha!
‘tou com a minha equipa a brindar
em nome de todos os manos que falam cocó
não quero parecer agressivo
mas merecem todos um c_cktail molotov
eu ‘tou a tentar destacar_me
toda a gente tem ego, não venham mentir_me…
a diferença é que o karma
vai apanhar alguns e outros ficam firmes…
refrão:
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
24/7, todo o ano, não tem rest (ahn)
não tenho limites, nem burnouts, sou de ferro (ahn)
verso 3 (conscientização):
trancado na cabeça a trabalhar em mim próprio
a tentar não deixar o ego consumir tudo
a querer ser o g.o.a.t. sem um bode expiatório
e hoje é notório que evoluí do lodo…
mas sendo que no fim do dia
há pouco que ilumina…
percebo que não sou de ferro
e que a dor chega a mim, mano…
por muito que eu tente mascarar
chega a um ponto
que eu me sinto morto
não dá p’a esconder tudo (ahh)
mas sendo que no fim do dia
há pouco que ilumina…
percebo que não sou de ferro
e que a dor chega a mim, mano…
por muito que eu tente mascarar
chega a um ponto
que eu me sinto morto
não dá p’a esconder tudo!
verso 4 (confissão):
na verdade, eu não sei se vou chegar algures
mas é mais fácil esconder a incerteza do que mostrar ao mundo…
é mais fácil se eles acharem que eu sou um cabrão que se acha o melhor
é mais fácil porque não questionam se acharem que eu vou ter uma reação pior…
ai se eles soubessem que eu passo horas em crânios…
ai se eles soubessem tudo o que vai cá dentro…
mas, como não sabem, não me falam na frente…
‘tou me’mo na margem à espera que venha o vento (uhh)…
‘tou me’mo a um passo em cima do prédio
porque aprendi que fugir dos problemas é bem mais fácil…
porque é que eu hei de encará_los e magoar quem rodeia
se apenas com um passo acaba tudo num ápice?
pode ser que tenha parágrafos… pode ser que eu volte…
não é muito provável, nem acredito em merdas depois da morte
mas pode ser que a terra seja só o inferno…
e que quando morremos é que começa me’mo a sorte…
_ lex, antes da morte
verso 5 (queda):
[gritos com texto impercetível]
verso 6 (conclusão):
há fases que chegam
apenas para reforçar a ideia
de que fases partirem
faz parte da teia
parte uma fase
e chega outra de seguida
parte uma fase
e terás uma fase partida
partida, outrora completa
partida – contrário de meta
metas nem sempre são claras
não pela escuridão que as pode envolver
mas porque se fossem sempre claras
não haveria escuridão para o claro se ver
às vezes sinto que eu não sou eu
mas se calhar sou e só não sei
porque o que num dia acho que sou
no dia a seguir já não sei bem
mas parece_me algo normal
numa pessoa da minha idade
com tanta crise a afetar
claro que há crises de identidade
e por muito que quisesse
entregar algo concreto
primeiro tenho que ter chão
e só depois posso ter teto
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